Computação em Nuvem

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Vantagens e Desvantagens da Nuvem

 

A Nuvem, ou Cloud, como preferirem, tem sido apontada como a solução definitiva para variadas questões que afligem as empresas em um cenário de elevada complexidade das operações, custos crescentes com aquisição e renovação de ativos de hardware, software e licenças, bem como de um gerenciamento cada vez mais desafiador.

Já é ponto pacífico o entendimento acerca das vantagens de se acomodar uma estrutura, ou parte dela pelo menos, em Nuvem. Em termos gerais, colocar os equipamentos e sistemas em Nuvem equivale à libertação de tarefas como gerenciar, manter e pagar por um sem número de ativos e licenças, passando a pagar por tudo isto como um simples serviço, em bases mensais e regulares, sem ter que se preocupar com variados fatores de custo, alguns dos quais podemos elencar rapidamente:

·         Aquisição e Suporte de Hardware de Servidores

·         Aquisição e Suporte de Hardware de Switches de alta disponibilidade

·         Manutenção de Sistemas de Gerenciamento

·         Espaço Físico

·         Energia para alimentar os equipamentos

·         Refrigeração

·         Staff Local

Poderíamos elencar outros fatores, como segurança e licenciamentos, administração de picos de utilização mas, para um melhor entendimento, vamos restringir nosso escopo apenas  a estes elementos, que já servem ao nosso propósito ilustrativo.

Em geral, quando computamos apenas o custo dos ativos, incluindo a sua depreciação e custo de suporte, bem como o consumo de energia, ao confrontá-los com os valores que são cobrados por Provedores de Serviços em Nuvem, invariavelmente iremos nos deparar com uma grande redução de custos em bases mensais. Desta forma, o apelo da virtualização em Nuvem é muitas vezes imbatível, à primeira vista.

Mas seria possível existir alguma desvantagem ? Excetuando aquelas empresas que são impedidas de fazê-lo por questões regulatórias, ou política pré-estabelecida, a resposta para esta pergunta não é propriamente fácil e direta, mas reside no estudo do perfil detalhado de utilização.

Consideremos, a título de exemplo, um serviço genérico que implique na consulta a um servidor realizada somente pelas estações locais, com pouco ou nenhum acesso remoto e que requeira um alto volume de tráfego entre estas mesmas estações e o banco de dados, da ordem de vários MegaBytes/seg e com um determinado tempo de resposta, elaborada segundo os preceitos de uma boa arquitetura cliente-servidor.

Ao colocar este servidor de banco de dados em Nuvem estaríamos transferindo o equipamento para uma unidade remota (a Nuvem) e estes vários MegaBytes/seg teriam agora que trafegar pelo link remoto. Evidentemente, por mais rápido que seja este link, iremos agregar alguma latência a estes acessos, bem como custo, dado que o custo de um link está associado à relação throughput/latência.

Pelo lado da latência, ainda que estejamos tratando de uma plataforma cliente servidor, agregaremos o tempo necessário à requisição de consulta alcançar o banco de dados e o tempo necessário para que a informação retorne até à estação solicitante através do link. Inevitavelmente iremos acrescentar uma certa quantidade de milissegundos em cada transação realizada.

Se esta medição não for realizada corretamente, ou mesmo ignorada, poderemos estar incorrendo em uma grave degradação de performance ou necessitar pagar um adicional razoavelmente elevado por este link. Evidentemente, a fim de tornar o entendimento mais direto e simples, não falamos aqui ainda de aspectos de segurança que cercam um servidor de banco de dados que agora está localizado em uma unidade remota.

Este exemplo simples destina-se apenas a alertar para a necessidade de se realizar medições e análises criteriosas antes de realizar qualquer tipo de mudança. Evidentemente, a colocação de um serviço em Nuvem estará dentro de um rol de opções, mas esta decisão deverá estar bem embasada tecnicamente, sob pena de cometimento de graves equívocos.

O que queremos ressaltar com este breve artigo, é justamente a necessidade de realizar estudos de impacto e desempenho sempre que formos avaliar soluções envolvam mudanças de estrutura, como regra geral, bem como de aspectos de segurança, a fim de evitar efeitos colaterais que podem desembocar em um resultado negativo, ao contrário do que se pretendia.

A oferta cada vez maior de novos serviços e opções, na Nuvem ou fora dela deve requerer sempre um estudo consciencioso acerca dos custos, penalizações, efeitos positivos e negativos. Afinal, não existe uma solução que apresente apenas aspectos positivos. Tudo tem dois lados e é para todos os lados que devemos nos atentar quando estudamos o caminho a tomar frente a uma mudança ou nova implementação.